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Indústrias de Matupá acumulam R$ 4,9 bilhões em soja, milho, carne e demais produtos exportados

As indústrias instaladas em Matupá, no norte de Mato Grosso, vêm consolidando o município como um dos polos emergentes no cenário exportador do Estado. Em apenas dez meses, o setor industrial local alcançou a expressiva marca de 4,1% de participação nas exportações mato-grossenses, movimentando US$ 941,45 milhões, o equivalente a R$ 4,98 bilhões. O desempenho confirma o dinamismo da economia regional e a capacidade de expansão das cadeias produtivas ligadas ao agronegócio, que seguem impulsionando o desenvolvimento econômico de Mato Grosso.

Os dados revelam a força do município no comércio internacional. As empresas de Matupá realizaram negociações com alguns dos mais importantes mercados globais, incluindo China, Espanha, Turquia, Argélia, México, Reino Unido e Portugal, além de outros destinos estratégicos. A presença em uma lista tão ampla de países evidencia a competitividade dos produtos locais e a inserção de Matupá nas principais rotas mundiais de exportação.

Entre os produtos enviados ao exterior, a soja permanece como protagonista absoluta. O grão representa 64,2% de toda a pauta exportadora do município, ratificando o papel essencial que o complexo soja desempenha na economia regional. A crescente demanda internacional pelo grão, especialmente por países como China e Espanha, continua estimulando a abertura de novos mercados e ampliando as oportunidades para produtores e indústrias locais.

Em seguida aparece o milho, responsável por 19,8% das exportações de Matupá. O cereal, que tem ganhado relevância tanto na produção quanto no consumo global, se destaca por sua versatilidade e por atender a diversos segmentos — da fabricação de rações e insumos para a indústria alimentícia ao uso em biocombustíveis. A expansão da área plantada no norte do Estado e a melhoria da infraestrutura logística têm contribuído para consolidar o milho como um segundo pilar das exportações municipais.

O terceiro maior destaque é a carne bovina, que corresponde a 15,7% da pauta exportadora. Mato Grosso, detentor do maior rebanho bovino do país, tem em Matupá um importante polo de processamento e beneficiamento. A carne produzida na região atende mercados exigentes, como Reino Unido e México, que demandam produtos com rigorosos padrões sanitários e qualidade reconhecida internacionalmente. O desempenho confirma que a diversificação da pauta é um movimento crescente e estratégico.

Produtos de menor volume também têm presença nas exportações, como miudezas, tripas, bexigas e estômagos bovinos, itens tradicionalmente voltados a mercados específicos, sobretudo na Ásia e na Europa. Embora representem pequena fatia no total exportado, esses produtos agregam valor à cadeia produtiva ao aproveitar de maneira eficiente partes do animal que não têm amplo consumo no Brasil, mas encontram demanda sólida em outros países. Esse aproveitamento integral reforça a sustentabilidade produtiva e a maximização das receitas do setor.

O avanço das indústrias matupaenses nas exportações é parte de um movimento maior observado no município: o fortalecimento da infraestrutura logística, a expansão do agronegócio e a chegada de novos investimentos ao setor produtivo. Com localização estratégica no eixo da BR-163 — um dos principais corredores de escoamento da produção agrícola do país — Matupá tem se beneficiado diretamente da melhoria das rodovias, do aumento da capacidade de armazenamento e da aproximação com portos fluviais e ferroviários que facilitam o transporte até as fronteiras comerciais.

Esse cenário favorável tem atraído indústrias de processamento, armazenagem, beneficiamento e comercialização de produtos agropecuários, estimulando a geração de empregos e a movimentação da economia local. Especialistas apontam que, mantido o ritmo de expansão, o município poderá ampliar ainda mais sua participação no mercado externo nos próximos anos.

Outro ponto relevante é a diversificação dos parceiros comerciais. As negociações com China, principal compradora de commodities brasileiras, reforçam a dependência positiva desse mercado, mas a abertura para países como Turquia, Argélia e Portugal demonstra uma busca ativa por novos destinos. Essa diversificação é considerada estratégica para reduzir riscos, ampliar a margem de negociação e fortalecer a imagem internacional da produção matupaense.

Economistas avaliam que o crescimento das exportações tem efeito direto na arrecadação municipal, permitindo maior capacidade de investimento público. Com um fluxo comercial robusto e contínuo, o município passa a ter mais recursos para investir em infraestrutura, educação, saúde e serviços essenciais, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento.

Além disso, o fortalecimento do setor industrial tem contribuído para impulsionar a inovação tecnológica na região. Muitas empresas têm investido em equipamentos modernos, automação e sistemas de rastreabilidade, exigências cada vez mais comuns no mercado global. Esse avanço tecnológico aumenta a competitividade dos produtos e garante maior segurança aos compradores internacionais.

Os desafios, contudo, permanecem. A necessidade de avanços logísticos, ampliação das rotas de escoamento e melhoria das condições de transporte interno ainda são pontos frequentemente destacados por empresários e especialistas. A competitividade de Matupá depende diretamente da capacidade de superar gargalos e manter condições favoráveis de produção e exportação.

Mesmo assim, o resultado obtido ao longo de dez meses mostra que o município está no caminho certo. Os US$ 941,45 milhões movimentados comprovam o vigor da cadeia produtiva local e refletem a força do agronegócio de Mato Grosso, que segue como um dos motores mais robustos da economia brasileira.

Com uma pauta diversificada, mercados consolidados e abertura para novos destinos, Matupá se firma como um importante polo exportador e como referência no desenvolvimento industrial do Estado.

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