A Justiça de Mato Grosso determinou, na última quinta-feira, 9 de janeiro, que Ines Gemilaki e seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz, acusados de invadir uma casa e matar dois idosos em Peixoto de Azevedo-MT, em 2024, sejam levados a júri popular. A decisão foi tomada pelo juiz substituto João Zibordi Lara, que considerou o motivo do crime fútil e a reação dos acusados desproporcional. Segundo ele, há provas suficientes da participação de Ines e Bruno no homicídio.

O juiz destacou que o crime foi cometido durante uma confraternização, e as vítimas – Pilson Pereira da Silva, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 81 – foram surpreendidas pelos disparos, sem chance de defesa. Além disso, o padre José Roberto, que também estava na residência, ficou ferido durante a ação.
Conforme a decisão, o caso envolve qualificadoras como a dificuldade de defesa das vítimas e a maneira cruel com que as mortes ocorreram. Ines e Bruno têm agora o prazo de cinco dias para indicar as testemunhas que serão ouvidas no julgamento, que terá sua data definida posteriormente.
Relembre o caso.
O crime ocorreu no dia 21 de abril de 2024, quando Ines Gemilaki, pecuarista, e seu filho Bruno, médico, invadiram a casa dos idosos. Durante a ação, a principal vítima dos disparos era o dono da casa, que não foi atingido, mas os tiros acabaram matando Pilson e Rui. O padre José Roberto também foi ferido.
A motivação do crime estaria ligada a um desacordo comercial relacionado ao aluguel da propriedade invadida. Dois dias após o ocorrido, Márcio Ferreira Gonçalves, marido de Ines, e Eder Gonçalves Rodrigues, irmão de Márcio, foram presos por envolvimento no crime. Ines e Bruno se entregaram à polícia no mesmo dia.
Em maio, o Ministério Público denunciou Ines, Bruno e Eder pelos crimes de homicídio qualificado consumado, homicídio qualificado tentado e associação criminosa. Márcio, embora tenha sido preso, foi excluído da denúncia do Ministério Público. Bruno, por sua vez, foi suspenso de exercer a medicina pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
A expectativa agora é que o julgamento dos acusados, que seguem presos, seja realizado em breve.
Fonte: Por g1 MT.