A delegacia municipal de Guarantã do Norte está em crise, há quase 3 meses sem delegado e com o efetivo de policiais escasso, tendo somente 1 investigador em expediente e um plantonista, faz com que a população fique à mercê da própria sorte e sem amparo inicial a justiça.
Além dos inquéritos de homicídios, roubos, furtos, Maria da Penha, estelionatos dentre outros crimes que estão parados a meses por conta da falta da autoridade maior da instituição.
A delegacia municipal de Guarantã do Norte atende também o município de Novo e toda a sua aérea rural, assim como a de Guarantã do Norte, que somados, o número da população atendida pela corporação, passam de 60 mil habitantes nos dois municípios que são atendidos pela unidade policial municipal.
Há dezenas de vítimas que passam diariamente pelo departamento policial, já estão a cada dia mais decepcionadas pelo atendimento, demora, e a falta de compromisso com a segurança pública pela parte da Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato. Pessoas tiveram que serem (contratadas, estagiarias), para auxiliar nos cartórios da delegacia para dar andamento nos trabalhos de dois investigadores que as vezes fazem plantão de mais de 30 horas interruptas, sendo um investigador expediente e um plantonista, para tentar sanar as demandas que chegam por parte dos municípios de Guarantã do Norte, Novo Mundo e suas zonas rurais.
Lembrando que, na maioria das vezes, na delegacia fica somente o plantonista, pois o investigador que está em expediente vai suprir a vaga de outro investigador plantonista que estará em gozo de férias ou licenças.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, através do Dr. Carlos Frederico, instaurou um procedimento administrativo para a delegada geral do estado de Mato Grosso, Daniela Silveira Maidel, a qual tem como atribuição, a remoção ou transferência dos delegados, pedindo ações para a transferência de urgência de um delegado e a melhora do efetivo da delegacia municipal.
“Ainda, que os procedimentos investigatórios que geraram as ações penais nos últimos anos, em sua grande parte, foram aquelas levadas a efeito quando da prisão em flagrante, sendo que os demais, que dependem de trabalho investigativo, pelo incipiente número de servidores públicos, encontram-se parados, o que configura a omissão do Estado em cumprir com sua obrigação constitucional de garantir segurança pública ao cidadão”. Diz parte do procedimento administrativo do Ministério Público do Estado de Mato grosso, através do promotor de justiça de Guarantã do Norte.
Nos últimos anos a Polícia Civil do Estado de Mato Grosso teve um incremento significativo em seu quadro de pessoal, todavia, o efetivo da Polícia Civil de Guarantã do Norte que sempre trabalhou com o efetivo reduzido, porém, demonstrou a sua capacidade de superação solucionando vários crimes crimes complexos, e mesmo tendo uma grande redução em seus quadros de servidores, inclusive, no mês de fevereiro, quando removeram o Delegado titular do município, não havendo expectativa de quando será lotado um novo Delegado, para atender, exclusivamente, a delegacia municipal.