Pesquisar
Close this search box.

Aprovada inclusão de produtos de origem animal na tabela de preços da Conab

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (27), o projeto de lei que estende aos produtos de manejo extrativista sustentável de origem animal os mesmos benefícios econômicos concedidos aos de origem vegetal (PL 2.104/2019). Pelo texto, o governo também passará a subsidiar, em operações de crédito e na aquisição de produtos para estoque, a produção de peixes, como o pirarucu. A proposta segue agora para a sanção presidencial.

O projeto amplia o universo de produtos abrangidos pela Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), operada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ela contribui para garantir renda mínima aos produtores e permitir que continuem suas atividades de forma sustentável. Atualmente, apenas produtos agropecuários ou de origem vegetal extrativa (como açaí, babaçu, borracha e pequi) estão incluídos.

O projeto passa a também favorecer silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores, povos indígenas e integrantes de comunidades remanescentes de quilombos e de comunidades tradicionais com a política.

O relator da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que essa medida representa uma valorização da pesca sustentável, especialmente do pirarucu. O senador explicou que essa espécie de peixe garante o sustento de cerca de dez mil pessoas apenas no estado do Amazonas.

— Lamentavelmente, as pessoas que dependem da pesca do pirarucu muitas vezes são aviltadas por atravessadores, que pagam um preço desvalorizado. Esse peixe precisa de cuidados especiais.

Para evitar que a subvenção econômica estimule o manejo predatório da fauna silvestre, há um dispositivo no projeto determinando que os produtos deverão ser provenientes de manejo sustentável, previamente autorizado por órgão ambiental.

Na justificativa do projeto, a sua autora, a ex-deputada Conceição Sampaio (AM), explica que o pirarucu chegou a entrar na lista de peixes em risco de extinção por causa da exploração desenfreada e, por isso, foi alvo de diversas políticas públicas que proporcionaram seu manejo e produção sustentáveis. No entanto, por não ser um produto extrativo de origem vegetal, seus produtores não podem receber subsídios.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Comentários Facebook

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade